Imbolc: O Despertar da Terra e a Chama da Esperança

Para os antigos, o Imbolc (pronuncia-se "Im-molk") marca o ponto médio entre o solstício de inverno e o equinócio de primavera. É o primeiro sussurro da primavera, a promessa de que o gelo vai derreter e a vida vai regressar. Na natureza, embora o frio ainda se faça sentir, os primeiros sinais de vida começam a surgir: os dias ficam visivelmente mais longos, as sementes agitam-se debaixo da terra e os animais selvagens, antes raros, voltam a aparecer. Era tradicionalmente o tempo do nascimento dos primeiros cordeiros e bezerros.

O Imbolc é um festival do fogo, celebrando a luz que vence a escuridão do inverno.

Na jornada da Roda do Ano, o Imbolc é um festival do fogo, do leite e da vitalidade crescente da Terra. É o momento em que a Deusa, a Mãe Terra, começa a recuperar-se do parto do Deus Sol em Yule. Ela ainda está reclusa, mas a sua força vital retorna, simbolizada pelo leite, o alimento sagrado deste Sabbat. O leite representa a vida que vem de dentro da Deusa, da Natureza, da mulher – a promessa de nutrição e sustento para o que há de vir.

Enquanto a Deusa se recupera, o jovem Deus Sol cresce em força e poder a cada dia. A sua luz, ainda jovem, já é forte o suficiente para despertar a vida adormecida. O aspecto religioso do Sabbat, como sempre, baseia-se no que está a acontecer na natureza: uma celebração da esperança, da purificação e da preparação para a explosão de vida que chegará com a primavera.