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Horário de verão começou
Tuesday 31 March 2026
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O Relógio do Homem vs. O Ritmo da Terra: O Horário de Verão

Para muitos, o início do horário de verão é um simples ajuste no relógio, uma convenção moderna para aproveitar a luz do dia. No entanto, dentro da espiritualidade pagã e para todos que vivem em sintonia com os ciclos naturais, este momento é recebido com uma mistura de perplexidade e resignação. É o instante em que o ritmo artificial da sociedade se sobrepõe de forma mais evidente ao pulsar constante e verdadeiro da Terra.

Uma imagem dividida: de um lado um relógio moderno, do outro um céu estrelado ou um pôr do sol.

Como honrar o tempo sagrado quando o relógio mundano avança uma hora?

Para quem celebra a Roda do Ano, o meio-dia solar é um ponto de poder, o nascer do sol é um momento de renovação e o crepúsculo é um portal. O horário de verão surge como uma nota dissonante nesta sinfonia sagrada, declarando que o meio-dia agora é à uma da tarde, e que o amanhecer chega "uma hora mais tarde". Esta mudança desafia a nossa dança diária com os ritmos planetários.

Contudo, mesmo perante esta desarmonia imposta, a prática mágica ensina-nos a adaptabilidade. Em vez de frustração, podemos ver este período como um exercício de consciência. É uma oportunidade para:

  • Ícone de Sol
    Observar o Sol, não o Relógio: Usar o sol como o nosso verdadeiro guia para rituais. O meio-dia solar continua a ser o ponto mais alto do sol no céu, independentemente do que o relógio diz.
  • Ícone de Rebento
    Aterrar Diariamente: Sentir a necessidade de nos conectarmos com a terra torna-se ainda mais importante. Caminhar descalço na relva ou simplesmente respirar fundo ao ar livre ajuda a recalibrar o nosso relógio interno.
  • Ícone de Espiral
    Praticar a Paciência: Aceitar que vivemos em dois mundos – o natural e o social – e encontrar formas de honrar os ritmos da natureza dentro das limitações e convenções do mundo moderno.

O horário de verão pode ser um lembrete anual de que a nossa verdadeira bússola não está no pulso, mas sim no céu acima de nós e na terra sob os nossos pés.